O assunto de Lula em seu programa de rádio Café com o Presidente de hoje, como não poderia deixar de ser, recaiu sobre etanol e a visita de George W. Bush. O presidente disse que a expansão da cana não vai afetar hábitats nem a produção de alimentos. Confira o trecho:
LULA:"logo, logo, o álcool vai ter um preço internacional, portanto, vai ser commodity. E nós temos que ter mais responsabilidade, porque temos que, não só oferecer o álcool, mas garantir o suprimento do mercado brasileiro e do mercado internacional. Por isso, nós precisamos plantar muito mais cana, você precisa dinamizar a cultura do álcool por outros países, levando em conta que nós temos que preservar duas coisas.
Primeiro, preservar as nossas matas e a nossa fauna, ou seja, nós não queremos plantar cana-de-açúcar para produzir álcool e nem plantar oleaginosas para produzir biodiesel na Amazônia, por exemplo, ou no Pantanal. Nós queremos utilizar as áreas já degradadas para que a gente possa plantar.
A segunda coisa, também não compete com o alimento, porque o problema do alimento hoje no mundo não é a falta de terra. O problema é que tem uma parte da população muito pobre que não pode consumir. "
Nenhuma palavra sobre as péssimas condições de trabalho dos bóias-frias canavieiros, muito bem lembradas por Vinicius Torres Freire em sua coluna na Folha de ontem, "Álcool, crescimento e pobreza".
Fontes: Portal Única, Ambiente Brasil, Brasil de Fato, SPPT, Biodiverso, Ciência e Tecnologia, Colégio João XXIII, Ciência em Dia, ISTOÉ, Ministério Público do Trabalho, Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos
29 de out. de 2007
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